Mulher tentou registrar queixa contra ex-companheiro antes de ser esfaqueada e baleada por ele em Meriti

Qualquer delegacia pode e tem a obrigação de atender uma vítima de violência doméstica, mas não foi o que aconteceu com Nathália Maria da Si...

Qualquer delegacia pode e tem a obrigação de atender uma vítima de violência doméstica, mas não foi o que aconteceu com Nathália Maria da Silva, de 29 anos, baleada e esfaqueada pelo ex-companheiro Joilson, em junho. Ela conta que tentou denunciar o ex-companheiro um mês antes da tentativa de feminicídio em duas delegacias e não conseguiu.

Em maio, ela procurou duas delegacias para registrar a agressão que ela e a avó de 65 anos tinham sofrido. Nathália foi à Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e à 39ª DP (Pavuna) na Zona Norte do Rio.

Na Deam, ela conta que foi informada que aquela delegacia não cobria a área onde a vítima morava. E na 39ª DP, justificaram que não podiam fazer o registro porque ela não sabia o endereço fixo do agressor.

"Em nenhuma das duas delegacias, porque me senti ameaçada por ele já estar me seguindo. Então, não consegui fazer nenhum boletim de ocorrência em nenhuma das duas e fui para casa", contou a vítima, que não obteve a medida protetiva que tanto queria.

Em nota, a Polícia Civil disse que o Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) está apurando a denúncia, uma vez que o relato não condiz com a metodologia de atendimento das delegacias e a orientação de que todas as ocorrências sejam registradas.

A polícia informa que qualquer delegacia distrital e as Deams podem registrar casos que envolvem violência contra a mulher e que tem promovido capacitações de agentes para atendimento especializado nas unidades.

Via G1