O corpo de Wellington Cardoso dos Santos, de 42 anos, será sepultado e enterrado nesta sexta-feira (08/07), às 14h00, em São João de Meriti,...
O corpo de Wellington Cardoso dos Santos, de 42 anos, será sepultado e enterrado nesta sexta-feira (08/07), às 14h00, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O rapaz foi morto com um tiro na cabeça depois de reagir a uma tentativa de assalto.
Wellington estava no ônibus da viação Vera Cruz, que fazia o trajeto Piabetá x Caxias, na Avenida Leonel de Moura Brizola, em Duque de Caxias, quando um criminoso anunciou o assalto dentro do coletivo. Reagindo, o rapaz desceu do veículo e entrou em luta corporal com o bandido.
Segundo testemunhas, um segundo criminoso, que dava cobertura para o comparsa, atirou na cabeça do passageiro, que morreu no local.
Nesta quinta (07), os irmãos e o pai de Wellington estiveram no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, para liberar o corpo. Agora, nesta sexta (08), Wellington será enterrado no Cemitério São Lázaro, no bairro Venda Velha.
Emocionados e ainda tentando absorver a tragédia, o irmão da vítima, Josué Cardoso, disse que há oito meses Wellington já havia sido alvo da violência no Rio de Janeiro. Ele lembra que o carro do irmão foi roubado próximo ao Caxias Shopping e ainda não foi encontrado. "Desde então ele passou a ir para o trabalho de ônibus, e, levava os filhos para as consultas de ônibus. Mesmo assim ele não desanimou", lembra o irmão.
Nascido e criado em São João do Meriti, o trabalhador se mudou para Duque de Caxias para morar com a esposa e os filhos. Ele é o terceiro filho de uma família com oito irmãos, todos homens. O pai da vítima, Rodolfo Luciano dos Santos, de 68 anos, também esteve no IML e conversou com o DIA sobre a perda. Assim como Josué, o idoso descreveu o filho como trabalhador e brincalhão.
"Ele estava no trabalho, lá na Penha, vindo para casa. Estava até com a roupa do serviço, e aconteceu essa desgraça. A vida não tem preço. Sempre falo para que as pessoas evitem ao máximo reagir. Quer levar, leva! Infelizmente, me parece que ele reagiu. Ele também não vai ser o último. Infelizmente nossas leis do Brasil são frágeis. Eu não sei onde nós vamos chegar", lamentou o pai.
Bastante abalados com a brutalidade do crime, Josué e seu pai reforçaram os seus desejos por justiça pela morte do trabalhador: "Espero que a justiça seja feita", disse Josué. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) disse que testemunhas estão sendo ouvidas e imagens de câmeras de segurança analisadas. Diligências estão em andamento para identificar e prender os autores do crime.
Via O Dia
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