A passista, de 35 anos, Alessandra dos Santos da Silva, que teve parte do braço esquerdo amputada após uma série de complicações decorrentes...
A passista, de 35 anos, Alessandra dos Santos da Silva, que teve parte do braço esquerdo amputada após uma série de complicações decorrentes de uma cirurgia para a retirada de miomas do útero, foi até a 64ª DP, nesta quarta-feira (03/05), para prestar um novo depoimento.
A trancista chegou à delegacia por volta das 11h, acompanhada da mãe, dois amigos e da advogada. Alessandra já havia prestado depoimento sobre o caso e a nova oitiva foi marcada para que ela ajude a esclarecer fatos e informações do prontuário médico.
Tudo começou no mês de fevereiro, quando a passista se internou no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, para retirar os miomas em seu útero. Porém, após o procedimento, diversas complicações, dentre elas, a necrose de sua mão, fez com que ela precisasse ser transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloyzio de Castro (Iecac), em Botafogo, na Zona Sul, onde teve o braço esquerdo amputado.
Além de Alessandra, na última sexta (28), a distrital ouviu três médicos do Hospital da Mulher e outros dois do Iecac. Todos os cinco detalharam os procedimentos adotados durante as cirurgias. No dia 25 de abril, também prestaram depoimentos o cirurgião Gustavo Machado, que participou da retirada de miomas e histerectomia da trancista, e outros dois médicos da unidade de São João de Meriti.
Na oitiva, o primeiro citou um problema vascular da paciente, após as cirurgias, e ressaltou que a decisão pela amputação foi da equipe do Instituto de Cardiologia. Em uma nota divulgada no dia 26 de abril, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que a passista recebeu "altas doses" de aminas vasoativas, que provocam o estreitamento dos vasos sanguíneos para manter a pressão arterial, após a histerectomia. Segundo a pasta, "um dos possíveis efeitos adversos da medicação é a oclusão vaso arterial, que leva à redução do fluxo sanguíneo, podendo levar à necrose das extremidades do corpo".
Para a passista, não há dúvidas que o seu caso se trata de um erro médico por parte do Hospital da Mulher. A Polícia Civil investiga se houve negligência ou imperícia nos procedimentos aos quais Alessandra foi submetida. A Fundação Saúde instaurou sindicância para apurar toda a conduta médica e administrativa nas duas unidades de saúde e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abriu uma sindicância para apurar os fatos.
Via O Dia
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