Moradora de São João de Meriti, Bianca Maria Coelho, de 31 anos, sempre soube que era adotada, e sonhava em ter irmãos. Filha única, ela viu...
Moradora de São João de Meriti, Bianca Maria Coelho, de 31 anos, sempre soube que era adotada, e sonhava em ter irmãos. Filha única, ela viu sua vida se transformar após resolver procurar sua mãe biológica. Hoje com quatro filhos, a meritiense descobriu uma nova família depois de iniciar buscas no Facebook. Agora, irmãos não faltam mais: ela ganhou sete.
— Há duas semanas pensei em procurar a minha mãe biológica, porque a minha mãe adotiva já é de idade e meu pai já faleceu. Me deu aquela vontade de saber quem eu sou, se tenho avós, tias... Só que eu não sabia onde procurar, porque o hospital que eu nasci fechou — conta Bianca.
Bianca entrou em grupos no Facebook de pessoas que buscam familiares, e recebeu algumas dicas que foram importantes para que ela conseguisse localizar e conhecer sua família biológica.
— Era um grupo de pessoas de vários estados. Lá me falaram para eu procurar na região onde eu morava, então fiz um post numa página de São João de Meriti. A publicação foi feita em14 de junho. No dia seguinte, Bianca já estava na casa da mãe biológica para conhecer a toda família, que mora a apenas 2km de sua casa:
— Foi aquela emoção, porque eu nunca tinha tido irmãos, e ao todo somos oito. Conheci minha mãe, minhas tias e ainda tem mais gente para conhecer, porque a família é grande.
As únicas informações que Bianca tinha sobre a mãe biológica era o nome e uma suspeita de onde ela morava. Pouco tempo depois, uma prima da nova família viu a publicação e entrou em contato.
— Minha mãe sempre contou para a gente que tinha uma filha que foi para adoção. Eu não sabia quem era. Quando vi o post, pensei: “nossa, parece muito com a gente”. Mandei para minha irmã mais velha, e ela falou que era a filha da nossa mãe - conta Daniel Baptista, o irmão mais novo, de 20 anos.
Sem mágoas
O reencontro de Bianca com a mãe biológica, Jurema Baptista, de 58 anos, e com os irmãos, foi marcado por muito choro, no último dia 15. A adaptação aconteceu de maneira rápida, e a filha logo passou a sentir em casa.
— Eu não parava de chorar quando vi a Bianca. Ela é idêntica a nós. Minha mãe estava muito feliz. No primeiro dia, a Bianca já estava chamando a gente de irmão, de mãe... Foi bonito — conta o irmão, Daniel.
Bianca afirma que não guarda mágoas de sua mãe biológica e que é muito grata pela família que a adotou.
— Ela não tinha condições, por isso não a julgo. Foi como eu disse para ela, não posso julgá-la porque fui adotada por uma família exemplar. Até hoje minha mãe adotiva me ajuda, se sacrifica por mim e pelos meus filhos — relata Bianca, que retornou ao grupo do Facebook para deixar uma mensagem de esperança:
— Publiquei lá que se eu encontrei a minha família depois de 31 anos, qualquer um ainda pode encontrar.
Via Extra
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