Há cerca de dois meses, a dona de casa Kely Lemos, de 38 anos, realiza buscas na Baixada Fluminense e Zona Norte do Rio para encontrar o par...
Há cerca de dois meses, a dona de casa Kely Lemos, de 38 anos, realiza buscas na Baixada Fluminense e Zona Norte do Rio para encontrar o paradeiro do filho, Fabrício Lima Lemos da Costa, de 21 anos, que desapareceu após retirar a carteira de identidade em um posto de atendimento do ‘Poupa Tempo’, no Shopping Grande Rio, em São João de Meriti.
Morador da Pavuna, na Zona Norte, Fabrício pretendia usar os documentos para se candidatar a uma vaga de emprego. Segundo familiares, o jovem estava desempregado e fazia biscates como ajudante de pedreiro. “Ele estava empolgado com a possibilidade de uma nova oportunidade de trabalho, que havia sido indicada por um amigo”, disse a mãe.
Duas semanas antes do sumiço, Fabrício teve o celular roubado e, conforme relato da família, usava o telefone da avó para se comunicar com amigos e parentes. Contudo, na tarde do último dia 3 de março, o jovem não levou o aparelho. Quando saiu de casa, ele usava camisa preta, bermuda azul, tênis preto e boné escuro.
Desesperada, a mãe do rapaz já percorreu ruas, procurou em hospitais, unidades de emergência médica e institutos de medicina-legais. Câmeras do circuito interno do shopping mostraram imagens de Fabrício no posto de atendimento. Conforme a polícia, dentro do estabelecimento não foram constatados anormalidades ou problemas que possam ter motivado o sumiço do jovem.
‘Minha vida se resume em procurar meu filho. Quero achá-lo, vivo ou morto’
Além de Fabrício, a dona de casa Kely Lemos tem outros três filhos menores, mas, em meio às reponsabilidades domésticas, ainda acha força e tempo para procurar o primogênito. Mesmo cansada, Kely se apega à fé em Deus para continuar na ‘missão’.
“Para uma mãe, a ausência do filho é traumática. Independente da idade, temos instinto de proteção e não descansamos enquanto não vemos nossos filhos ao nosso lado. Já percorri ruas, praças, hospitais, IML e até comunidades. Minha vida se resume em procurar o Fabrício. Quero achá-lo, vivo ou morto. Tenho fé em Deus que irei encontrá-lo”, disse, emocionada, a dona de casa, que percorre longas distâncias a pé na esperança de ter alguma informação sobre o paradeiro do filho.
Investigações
O caso foi registrado na 39ª DP (Pavuna) e encaminhado ao Setor de Descobertas de Paradeiros (SDP) da Delegacia de Homicídios na Baixada Fluminense (DHBF). Os agentes estão realizando diligências e analisando imagens de câmeras da região. A DHBF deixa à disposição da população o telefone (21) 98596-7442 (whatsapp) e ressalta a importância da colaboração com informações e denúncias, com garantia de total anonimato.
Desaparecimentos na Baixada, Zonas Norte e Oeste correspondem a mais de 50% total de registros em todo Estado
Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), nos dois primeiros meses de 2021 foram registrados 676 desaparecimentos de pessoas em todo o estado do Rio de Janeiro. A Baixada Fluminense lidera o número de ocorrências com 186 casos. Em seguida, as Zonas Norte e Oeste somam 185 sumiços, no mesmo período. A Capital e Zona Sul tem 104. Já Niterói, São Gonçalo e Região dos Lagos somam 97, o Sul Fluminense registrou 43, o Norte e Noroeste Fluminense, 36. E por último, com menor número registrado, vem a Região Serrana, com 25 desaparecidos.
Via O Dia
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